segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Quem morre?

A propósito de alguns textos que já estão por aqui... E como não tive tempo de escrever mais - sim a pós-graduação de novo, ela, hehehe - vai um do Pablo Neruda (é dele mesmo, eu chequei).

Quem morre?

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca,
não arrisca vestir uma cor nova
e não fala com quem não conhece .

Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o escuro ao invés do claro
e os pingos nos "is" a um redemoinho de emoções,
exatamente a que resgata o brilho nos olhos,
o sorriso nos lábios e coração ao tropeços.

Morre lentamente
quem não vira a mesa
quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto,
para ir atrás de um sonho.

Morre lentamente
quem não se permite,
pelo menos uma vez na vida,
ouvir conselhos sensatos.

Morre lentamente
quem não viaja, não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente
quem passa os dias queixando-se
da sua má sorte
ou da chuva incessante.

Morre lentamente
quem destrói seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
nunca pergunta sobre um assunto
que desconhece e nem responde
quando lhe perguntam sobre algo que sabe.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Miriam's Site - 'Quando me amei de verdade' não é de Chaplin

http://comoutrosolhos.multiply.com/journal/item/59
Esse texto não é de Chaplin assim como muitos outros não dele. E também outros textos atribuidos a pessoas como Clarice Lispecto, Arnaldo Jabor, Mário Quintana, William Shakespeare, etc, são na verdade de outras pessoas.
No multiply de Miriam aparecem algumas dessas revelações.
E fica a dica para sempre confirmar antes de postar...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A Coruja no Mundo

Status:   CLOSED
Category:   Other/General

África do Sul
A coruja é a mascote do feiticeiro zulu. E no xamanismo é reverenciada por enxergar a totalidade.

Argélia
Há a crença de que colocar o olho direito de uma coruja na mão de uma mulher dormindo fará com que ela conte tudo.

Austrália
Os aborígenes acreditam que a coruja representa o espírito da mulher. O espírito do homem é representado pelo morcego.

Babilônia
Origem do mito de Lilith, onde amuletos de coruja protegiam as mulheres durante o parto. O mito foi citado pela primeira vez no épico Gilganesh, escrito em 2000 a.C. Lilith era uma linda jovem com pés de coruja, que denunciavam sua vida notívaga. Ela era uma vampira da curiosidade, que dava aos homens o desejado leite dos sonhos.

Brasil
Cantada por Tom Jobim em Águas de Março, Matita Perê é uma velha vestida de preto, com os cabelos caídos pelo rosto. Diz a lenda que ela tem poderes sobrenaturais e prefere aparecer nas noites sem luar, sob a forma de uma coruja.
Na tradição guarani, o espírito Nhamandu, o criador, manifestou-se na forma de coruja para criar a sabedoria.
No dicionário, o adjetivo corujeiro é um tremendo elogio. Significa alguém ou algo excelente, agradável e, o melhor, disposto a tudo.
Na linguagem popular, mãe coruja (ou avó coruja, tia coruja, pai coruja) é a mãe que acha seu filho o máximo, embora ele possa estar bem longe disso.

China
A coruja está associada ao relâmpago. Colocar efígies de coruja em casa protege contra os raios.

Estados Unidos
Entre os índios americanos, a coruja tinha muito poder:
Para os apaches, sonhar com ela significava a morte.
Os dakotas viam a coruja como um espírito protetor.
Os hopis tinham a coruja como guardiã do fogo.

França
A coruja é o símbolo de Dijon, cidade francesa. Há uma escultura de coruja na Catedral de Notre Dame, e quem passa a mão esquerda nela ganhar sabedoria e felicidade.

Grécia
Atena, a deusa da sabedoria e da guerra, ficou tão impressionada com a aparência da coruja que a tomou como sua ave favorita. Corujas faziam seus ninhos na Acrópole. Os gregos achavam que sua visão noturna vinha de uma luz mágica. Ela era um símbolo da cidade de Atenas, ao lado dos exércitos na guerra. As antigas moedas gregas (dracmas) tinham uma coruja cunhada no verso.

Índia
A carne de coruja é considerada uma iguaria afrodisíaca.
Como ungüento, a carne também serve para curar dores reumáticas.

Inglaterra
A coruja branca servia para que os ingleses pudessem prever o tempo. Quando ouviam-na guinchar, significava que o tempo iria esfriar ou que uma tempestade estava chegando.
Os curandeiros ingleses curavam a bebedeira e a conseqüente ressaca com ovos de coruja. Crus.
O costume britânico de pregar uma coruja na porta do celeiro para espantar o mal durou até o século XIX.

Marrocos
O Olho de uma coruja preso em um cordão no pescoço é um excelente talismã.

Peru
Cozido de coruja serve de remédio para quase tudo.

Roma Antiga
Ouvir o pio de uma coruja era presságio de morte iminente. As mortes de Júlio César, Augusto, Aurélio e Agripa foram anunciadas por uma coruja. A cena aparece na versão treatal Júlio César, de William Shakespeare. O bardo inglês ainda citaria a asa da coruja na poção de Macbeth.
Os romanos também acreditavam que, antes da batalha, quando uma coruja sobrevoa os soldados, era um sinal de vitória. Para elevar o moral das tropas, um general romano soltou corujas que pousaram sobre os elmos e escudos dos legionários. As tropas, animadas, capturaram Cartago em 310 a.C.

FONTE: Diálogo Médico, n.2, mar./abr. 2005. por Lu Gomes.


Dicas de Meditação

http://morganahafez.multiply.com/reviews/item/16
Um multiply que tem um texto com dicas para meditar.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Almoço no Ugues




Restaurante bacana, com ar de boteco.
La você encontra alguns famositos, Fabio Massari, Cris Couto, o ator que faz o Nino do Castelo Ratimum, reporteres globais, e eu e minha equipe, hehehe.
A comida é farta e boa, e os garçons são gente boníssima!
E vez ou outra, temos os nossos velhotinhos tocando em frente ao restaurante.

Ugues

Rating:★★★★★
Category:Restaurants
Cuisine: Eclectic
Location:Rua Marquês de Itu esquina com Rua Martin Francisco
Ótima opção para quem almoça em Higienópolis.
Comida bem feita, vários tipos de combinação, atendimento de "gente boa", e super bem frequentado - além de mim e de minha equipe, atores, jornalistas, acadêmicos....
Indicado para aqueles dias em que estamos com muita fome, pois o prato é cheio. Mas se a fome não for tanta assim, vá com alguém, e divida a porção individual - dá certinho!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Gabriela Mistral & Cecília Meireles: poemas

Rating:★★★★★
Category:Books
Genre: Literature & Fiction
Author:Gabriela Mistral / Cecília Meireles
Um livro bem bacana, que tem poemas de ambas as poetisas, um ensaio de Cecília Meireles sobre Gabriela, e um ensaio de uma chilena sobre Cecília, que reune impressões de Gabriela Mistral sobre a poetisa brasileira.
Edição bilíngüe - português/castelhano, publicada pela Academia Brasileira de Letras em conjunto com a Academia Chilena de la Lengua, em 2003.
Destaco dois poemas: o primeiro de Gabriela Mistral, o seguinte de Cecília.

Dame la mano

Dame la mano y danzaremos;
dame la mano y me amarás.
Como una sola flor seremos,
como una flor, y nada más...

El mismo verso cantaremos,
al mismo paso bailarás.
Como una espiga ondularemos,
como una espiga, y nada más.

Te llamas Rosa y yo Esperanza;
pero tu nombre olvidarás,
porque seremos una danza
en la colina y nada más...


Timidez

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...

— mas só esse eu não farei.

Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...

— palavra que não direi.

Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,

— que amargamente inventei.

E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...

— e um dia me acabarei.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Tao Te Ching

Rating:★★★★★
Category:Books
Genre: Religion & Spirituality
Author:Lao Tsé
Tao Te Ching, pode ser traduzido como "O Caminho que leva à Divindade", ou "O Livro que Revela Deus".

São 81 poemas ou aforismos, em que Lao Tse procura passar a sabedoria que adquiriu durante sua vida.
Ele foi funcionário do governo chinês, atuando como bibliotecário e arquivista. Aos 40 anos deixou seu trabalho para sair pelo mundo. Foi visto pela última vez aos 80 anos, na fronteira com o Tibet. O guardião da fronteira, para permitir sua passagem, pediu a Lao Tse que resumisse sua sabedoria para ele. E assim nasceu o Tao Te Ching.
Lao Tse deixou o manuscrito com o guardião e atravessou a fronteira. Não se sabe quando ou se morreu. Muitos acreditam que ele ainda vive, por ter descoberto os segredos da vida eterna...
A tradução dos 81 textos pode ser lida no link abaixo:
http://www.joselaerciodoegito.com.br/site_laotse_versos.htm

Hábito

Por que ainda cometo os mesmos equívocos? Até mesmo quando reconheço que determinadas atitudes, sentimentos e coisas não me interessam mais?
Hábito.
A gente se acostuma, não precisa pensar, e gera uma falsa impressão de completude.
Por que fui a tal lugar, se há tantos outros para ir ou ainda se simplesmente poderia ficar onde estava?
Por que falei com tal pessoa, se há tantas outras com quem conversar, ou ainda se poderia ter ficado quieta?
Por que disse aquelas palavras, se há tantas outras para serem ditas, ou se poderia ter ficado calada?
Por que me deixe beijar por tal boca, se há tantas outras para me beijar, ou se poderia simplesmente ter ficado resguardada?
Por que me senti frustrada, se há tantos outros sentimentos, principalmente o da serenidade?
Por que? Por que? Por que?
Hábito. Sempre o hábito.
O hábito de negar a mudança constante de tudo, inclusive a minha mudança. E dessa forma, não refletir sobre as minhas ações, acreditando que tudo será igual.
O hábito é o grande refúgio, gerador de ilusões. É a preguiça convertida em rotina. É a negação de uma das maiores verdades da vida: a de que não existem momentos comuns.
E a negação de que, assim como tudo se modifica, também nós podemos modificar tudo que nos cerca e nos preenche.
Então, novamente, hora de mudar!